Nome:
Edward Theodore Gein
Idade
morto: 78
Número de
vítimas: Oficialmente 2
Prazer: Decorações de partes de corpos humanos
Ed Gein
apesar de ocupar juridicamente a responsabilidade de dois assassinatos, ele
possui um lugar muito sombrio na história das pessoas que o conheceram. Não são
os assassínios em si que pode-se levar em conta, e sim seus costumes e crimes
doentios que levaram à inspiração de diversos filmes de terror. O que raios um
senhor com aparência inofensiva faria de tão mal?
A resposta pode ser respondida pelo seu simples
prazer: decorações de corpos humanos.
Ed nasceu em La Crosse,
Wisconsin, em 27 de agosto de 1906, e era o segundo filho de Augusta e George
Gein. Os dois possuíam uma grande oposição de costumes: seu pai era um
alcoólatra irresponsável que trabalhava como carpinteiro, e sua mãe era
extremamente religiosa e dominava a família administrando uma mercearia em La
Crosse (alguma relação com o Massacre da Serra Elétrica?). A família
morava em uma fazenda no interior.
Sua mãe ensinava seu irmão e
ele sobre os pecados do corpo em relação às mulheres. Não possuía amigos, sendo
mantido sempre em casa pela sua mãe longe do mundo, o que o tornou futuramente
um homem sexualmente confuso e solitário. Mesmo adulto, continuou trabalhando
na fazenda com sua família, o que o tornava até então inofensivo o suficiente.
Até tudo sair dos trilhos quando os membros da família começaram a morrer.
Em 1940, aos seus 34 anos, seu
pai morreu e os filhos começaram a trabalhar informalmente na cidade para
sustento familiar. Provou-se ser confiável: trabalhava como babá e faz-tudo, o
que ocasionou boas impressões às pessoas ao redor. Quatro anos depois seu irmão
morre num incêndio na fazenda, que Ed inclusive tentou ajudar quando se
separaram para apagar. Tempo depois Henry é encontrado morto, com um estranho
machucado na cabeça. Foi registrado como asfixia do incêndio.
Após esse fato, sobra apenas sua mãe
como companheira. Pouco tempo depois, porém, ela faleceu por decorrência de um
derrame cerebral, em 29 de dezembro de 1945. A primeira reação de Ed foi pregar
a porta do quarto de sua mãe, deixando-o exatamente como estava no dia em que
ela morreu. Ele começou então a se interessar intensamente por anatomia, que
transcendeu após ler sobre a primeira mudança de sexo feita por Christine Jorgensen, que o levou a furtar
túmulos, carregando consigo certos souvenirs. Ele explorava a seção de
obituários a fim de tomar conhecimento dos cadáveres femininos recentemente
enterrados.
Durante esses anos passou a
criar suas macabras decorações, até que em 54 resolveu criar sua primeira
vítima: uma mulher de 51 anos, chamada Mary Hogan. Ela desapareceu do bar em
que trabalhava, em Pine Grove, Wisconsin, onde havia sangue no chão e um
cartucho de pistola. Gein estava entre os suspeitos principais, porém não tinha
evidências sólidas para culpá-lo. Uma grande chance desperdiçada de a polícia
encontrar uma casa cheia de cadáveres enfeitados.
O segundo aconteceu três anos depois
em uma loja de ferragens de Plainfield, onde Gein sequestrou Bernice Worden que
tinha cerca de 50 anos, novamente parecida com a mãe de Ed. Novamente havia
sangue no chão. Dessa vez, no entanto, a polícia tinha uma pista certeira de
que Ed era responsável, pois o filho da vítima afirmou que a mãe dele foi convidada
por Ed para um encontro, e coincidentemente outro morador por perto recordou
que Gein disse que precisava comprar anticongelante na loja da vítima no mesmo
dia que morreu. O recibo da compra foi encontrado. Após isso, seu corredor de
bizarrices estava chegando ao fim.
A imagem da esquerda se trata de
uma máscara de rosto usada por Gein, e a da direita, uma cadeira feita de
partes de cadáveres. As imagens são reais, e abaixo uma imitação de um sofá feito pelo mesmo autor.
O cadáver de Bernice Worden
estava pendurado nas vigas de ponta cabeça. Sua cabeça foi removida, a
genitália retirada, e seu torso tinha uma fenda e estava estripado. Em uma
investigação mais detalhada, encontraram a cabeça dela como ornamento e seu
coração em uma panela sobre o fogão. E encontraram também a pistola compatível
com o cartucho do primeiro crime.
Ao ser preso confessou todos os
crimes, assim como seus furtos aos túmulos. Ele foi considerado incapaz de ser
julgado e foi enviado a um hospital psiquiátrico. Sua imagem então foi gravada
após o escritor Robert Bloch escreveu o Psicose,
inspirado pelo caso. Em 1968, Ed Gein foi mais uma vez ao julgamento, mas
considerado de novo insano. Ele terminou seus dias no hospital psiquiátrico,
onde morreu de insuficiência respiratória, em 26 de julho de 1984.
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Alguns artefatos interessantes criados pelo Gein
com material humano.
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Ed Gein foi
considerado um estripador maníaco, que usava de sua criatividade para criar
materiais
diferenciados, porém também era um canibal. Vale ressaltar que esses filmes não
retratam todas as características do assassino real, e sim cada um com um ponto
em específico:
- O Psicose retrata a personalidade
psicótica e maníaca pela mãe dele, que provavelmente usava de suas vítimas como
se fosse ela mesma. No filme ele ainda pensava que sua mãe estava viva, e ela
"mandava" que o protagonista matasse as mulheres que se aproximassem
dele (como era com o assassino real).
- Já o Massacre da Serra Elétrica retrata
claramente o jeito estripador dele, mutilando as vítimas e usando de seu maior
souvenir: a máscara de rosto humano (foto 2).
- O Silêncio dos Inocentes retrata o
canibalismo que o assassino real utilizava com os orgãos das vítimas.
Com certeza Ed Gein ficará lembrado pela história
como o maior artista contemporâneo de... corpos humanos roubados do cemitério.
Esse é o rosto inofensivo de mais um estripador maníaco que será lembrado por
você quando for dormir essa noite:
Uma análise ótima, sem enrolações e com curiosidades interessantes a respeito do indivíduo.
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