Nome:
Theodore Robert Cowell
Idade morto: 42
Número de
vítimas: Por volta de 30
Inspirações:
Possui ligação com o personagem Norman Bates de Psicose, apesar de não ter sido inspirado em tal.
Prazer:
Necrofilia, sadismo, estuprar.
O que talvez
impressione as pessoas sobre um psicopata/serial killer, é o simples fato de
eles não parecerem como um. Como escrito por mim neste artigo sobre psicopatas, esses monstros
fingem uma bela aparência exteriormente, para então poderem suprir de sua
identidade interior sem alguém reparar. Talvez alguns reparem, mas se essa
pessoa é modelo para muitas outras, é bem visto pelas autoridades locais, dota
de empregos que causem boas impressões e principalmente, acima de tudo, é amado
pelas mulheres (seu alvo de sadismo), é difícil levar tão cedo esse mesmo para
a cadeira elétrica. Hoje vamos falar de Ted Bundy, um assassino modelo de
mulheres que certas autoridades supõem que o mesmo chegou a matar até 100
vítimas. O oportunismo em achar presas fracas fisicamente o levou a ser tão
cruel e maníaco por mais. Para chegar a esse nível pode-se dizer que sua arma
principal era clara e sutil: seu charme.
Theodore Robert nasceu em novembro de 1946, em Vermont. Sua mãe, Louise Cowell,
engravidou de um militar e este desapareceu antes mesmo de Ted o conhecer.
Ambos moravam com seus rígidos pais na Filadélfia, e em uma maneira meio
esquisita de evitar escândalos, sua mãe fingira ser sua irmã na frente dos pais
para desviar suspeitas de que possuía um filho. Aos seus 4 anos, sua mãe se
mudou para Washington, e se casou com um homem chamado John Bundy, que acabou
adotando o nome do padrasto.
Durante sua infância não teve muita sociabilidade com as outras crianças e
frequentemente sofria bullying. Quando cresceu, cursou a Universidade de Puget
Sound, em Washington, e conheceu uma mulher chamada Stephanie Brooks, que
possuía cabelos longos e escuros partidos no meio (note
essa descrição). Após um tempo saindo, Bundy ficou obcecado por
ela, porém Brooks rompeu a relação ao ver nele uma pessoa "sem
ambição". Esse caso o deixou abatido e desolado.
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Ted Bundy mais novo. | | | |
Após deixar a faculdade e ficar deprimido por um período, sua fúria
assassina inicia dentro de si. Sua perda se torna um ganho, seu lado obscuro se
torna livre, e Ted Bundy encontrou uma suposta razão para se vingar do lado
feminino. Se rematriculou na faculdade, estudou psicologia (aprendeu a partir
daí certos truques de carisma e bajulação) e se tornou ativo no Partido
Republicano. Vale ressaltar que o Partido Republicano tem como base
principal o conservadorismo. A razão de ele entrar nesse partido era ter uma
aparência mais nobre, respeitosa perante os políticos e a polícia local, e
principalmente alguém com ambições financeiras. Como se não bastasse, passou a
trabalhar num serviço de atendimento a suicidas e recebeu uma menção honrosa do
Departamento de Polícia de Seattle por capturar um assaltante. Começou a
namorar com uma garota chamada Meg Anders, que era divorciada. Ele era o
verdadeiro cidadão modelo americano.
Após estabelecer contato de novo com Stephanie Brooks, sem o consentimento de
Meg, encontrando-a na California durante uma viagem de negócios em 73, recebeu
uma bela impressão da mesma pela mudança de homem desde que começaram a sair -
de um cara sem ambições para alguém empreendedor - e a partir daí começaram a
falar de casamento. Porém, em 1974, Bundy interrompeu qualquer contato com
Brooks sem razão para se vingar do que ela havia feito com ele. O que ela não
sabia, é que ele havia cometido seu primeiro assassinato. A vítima era Lynda
Healy, que foi levada a força para seu apartamento em Seattle. Mais cinco
garotas desapareceram tempos depois, que possuíam cabelos escuros partidos ao
meio.
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"Todos nós ficamos meio loucos de vez em quando" - Ted Bundy reproduzindo a fala de Norman Bates. |
A polícia
local já suspeitava de um serial killer, por causa dos desaparecimentos
contínuos. O problema eram as pistas, até que chegou a hora da investigação.
Num verão de 14 de julho mais duas pessoas desaparecem: Janice Ott de 23 anos,
e Denise Naslund, de 19 anos. Elas deveriam se encontrar com uma multidão de
amigos, porém não fizeram a viagem de retorno, o que causou estranheza. As
pistas começaram a aparecer quando transeuntes afirmaram terem visto um tal de
Ted conversando com Ott. Então, outra testemunha foi além e disse que o tal Ted
havia pedido ajuda a ela para guardar um barco à vela em seu carro, um fusca
marrom. Ela foi com o Bundy até o carro porém desistiu, após receber um convite
de ir até a estrada com o mesmo.
Após esses fatos Bundy não teve muita sorte. Meg Anders ligou para
a polícia, anonimamente, dizendo que acreditava que o assassino era seu
namorado, o Ted, pois o mesmo começou a assustá-la com seus interesses de
escravidão sexual e sadismo. A polícia começou a investigar o assassino, mas
descartaram a hipótese de isso ser verídico, pois o republicano estudante de
Direito parecia muito inócuo. Esse erro custou a vida de dezenas de garotas, e
consequentemente a sorte voltou ao assassino.
No mês de Outubro mais três vítimas foram raptadas em Utah. Seu primeiro erro
foi tentar levar Carol DaRonch à força de um shopping em Salt Lake City
fingindo ser um policial. Ela escapou quando tentou levar até seu fusca, por
ficar desconfiada. Mais tarde no mesmo dia, Debbie de 17 anos foi assassinada
após ser raptada.
No ano novo Ted Bundy foi fazer suas execuções no Colorado. Lá
ele raptou mais quatro mulheres no primeiro semestre de 1975, e antes do quarto
corpo ser descoberto, ele foi finalmente preso. A razão disto foi quando um
policial parou-o em Salt Lake City e após olhar para dentro do carro, encontrar
algemas e uma máscara feita de meia (como se fosse uma baraclava). Carol
DaRonch foi intimada e reconheceu o sujeito numa lista de suspeitos, e afirmou
que o Ted tentou sequestrá-la. A prova da garota foi suficiente para tomar
prisão perpétua, por tentativa de sequestro. Enquanto isso, mais uma outra
evidência ligou a Bundy aos assassinatos de Colorado, e em janeiro de 77 ele
foi levado a Aspen para ser julgado pelo assassinato de Caryn Campbell. O jogo
da sorte virou, e nem mais sua aparência republicana respeitável adiantava para
que o dispensassem do tribunal.
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Foto rara de Ted Bundy com sua namorada Meg Anders. |
Nada disso
bastava para ele, e por isso não aceitou seu fim. Apresentou capacidade de
tudo, inclusive de fugir da prisão durante a audiência passando oito dias se
escondendo em Aspen antes de ser recapturado. Inacreditavelmente, fugiu de
novo, fazendo um furo no teto de sua cela e rastejando-se fazendo outro furo na
sala do zelador, saindo da prisão sem ser questionado.
Ted Bundy ficou livre finalmente, e dessa vez durou mais tempo. Fugiu para
Tallanhassee, na Flórida, onde alugou um quarto com nome falso perto de uma
universidade. Duas semanas depois, em 15 de janeiro de 1978, ele matou
novamente, porém deixando de ser aquele cara sutil. A forma como ele matou foi
mais escandalosa: invadiu um convento e estuprou brutalmente duas jovens,
matando-as, deixando uma terceira gravemente ferida.
No mês seguinte falhara ao tentar raptar outra estudante. Três dias depois,
conseguiu raptar e assassinar sua última vítima: Kimberley Leach, de 12 anos.
Três dias depois foi capturado, e acusado dessa vez de assassinato de primeiro
grau: a compatibilidade de seus dentes com as marcas de mordidas deixadas em
suas vítimas. Em julho de 1979, ele foi condenado à morte na cadeira elétrica.
O estudante após diversas audiências fez várias apelações, cada vez mais
tênues, o que o tornou uma celebridade. Confessou mais de 30 assassinatos
enquanto estava preso. Mulheres propuseram casamento a ele, e uma chegou a
trocar votos de casamento com ele quando surgiu como testemunha de defesa
durante a audiência de apelação. A corte no entanto, o julgou, e em 24 de
janeiro de 1989, Ted Bundy foi morto.
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Kimberly Leach, sua última vítima. |
Os criminosos
de qualquer tipo podem ser manipulativos, mas os serial killers possuem um
gosto particular em iludir suas vítimas de forma que elas deem a eles o que
querem (o que inclui as mulheres). Inclusive em filmes de TV e seriados, eles
são tidos como mais inteligentes que a própria polícia por sua maneira de
realizar seus atos diversas e diversas vezes driblando as investigações. Dois
bons exemplos disso são as séries Dexter e Hannibal, que possuem
personagens com uma relação próxima com a polícia, chegando a os ajudar em
investigar o seu próprio assassinato, sem deixar qualquer suspeita.
Podemos com
certeza enquadrar Ted Bundy como um serial killer manipulativo e carismático,
após todos esses feitos dele para com as mulheres. Tudo que ele fez na vida foi
por pura aparência, como mesmo afirmou numa declaração: "a melhor forma de
desfrutar do sexo era algemar uma mulher atraente, aterrorizá-la, deixando bem
claro que ela iria morrer". Também era notório sua peculiaridade por
mulheres morenas de cabelo separado, que conversava, manipulava, abatia e
levava para o cativeiro. Todas as suas vítimas foram algemadas, torturadas,
estupradas e mortas. Ele cometia necrofilia mordendo-as e comendo partes do
corpo.
Com isso
tudo, pense que há mais do que um Ted Bundy vivido nesse mundo: milhares
possuem essa mesma personalidade sádica e maníaca para seu próprio prazer,
vivendo nas sombras da sociedade sem sequer alguém saber. Esse é o princípio da
manipulação e sutileza.
Bibliografia: Livro Serial Killers, na mente dos monstros - Charlotte Greig
Livro Por dentro das mentes assassinas, a história dos perfis criminosos -
Paul Roland
Revista O
livro negro dos Psicopatas.
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